Conversando com o Presidente da Petrobrás, Dr. Gabrielli, sobre a dificuldade de se conseguir mão de obra especializada no Brasil, ele mencionou que um soldador de categoria chega a ganhar um salário de R$ 26.000,00 por mês. Espantoso.
Disse mais, que a empresa está patrocinando diversos cursos de treinamento de pessoal, e que, mesmo pagando uma bolsa de estudos aos alunos, não estão conseguindo preencher as turmas. A Petrobrás está ativamente atraindo diversos brasileiros, operários de estaleiros japoneses, para voltar ao Brasil com salários superiores ao que lá ganham.
Claramente o Brasil está em uma situação de pleno emprego. A carência maior é de pessoal especializado, mas também faltam trabalhadores para preencher posições que exigem baixa qualificação. A própria construção civil está tendo dificuldades de contratação.
Um fenômeno cada vez mais freqüente é o caso do empregado que sai do emprego, entra no seguro desemprego, e busca uma ocupação informal, passando a receber dois salários.
O que fazer? Quais medidas imediatas podemos tomar? A primeira providência seria uma revisão do seguro desemprego. Minha proposta é suspender temporariamente esse benefício, ou restringi-lo bastante. Se sobram empregos e faltam trabalhadores, qual a razão de um seguro desemprego? É o governo incentivando a informalidade.
Outra sugestão, esta para empregados especializados, é facilitar a imigração de estrangeiros com alguma especialização. Na Espanha, a taxa de desemprego dos jovens chega a 40%. Por que não incentivar a imigração de pessoas qualificadas para cá? O Brasil deveria, através de nossos consulados na Europa, trabalhando em coordenação com os serviços de busca de empregos no Brasil, criar um setor para atrair imigrantes europeus capacitados, que já poderiam vir com emprego assegurado.
Formar um trabalhador especializado custa caro e é demorado. Essa dificuldade aumenta muito devido a baixa qualidade de nossa educação básica. Sugiro aproveitar a crise mundial, e atrair esses trabalhadores para o Brasil, compensando tantos anos em que nosso país perdeu pessoas capacitadas, treinadas no Brasil com dinheiro público, para outros países, especialmente USA e Europa.
Você concorda?
Roberto Lima Netto
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