sexta-feira, 20 de julho de 2012

Redução do custo de energia elétrica

Amigos
O custo da energia elétrica no Brasil é um dos mais caros do mundo, apresar de termos um custo de produção dos mis baratos. A razão é a voracidade fiscal; uma taxa altissima de impostos, chegando a 45% do que pagamos.
Para ilustrar essa afirmação transcrevo a entrevista do meu amigo Cláudio Sales na CBN:

11 de julho de 2012

Entrevista (9´37´´): Claudio Sales para rádio CBN com Sardenberg.

Assunto: 'Faz todo sentido aproveitar o momento vertiginoso da arrecadação para reduzir alíquotas no setor de energia'


Sardenberg: Muito bem, está conosco agora, Claudio Sales que é presidente do Instituto Acende Brasil, um instituto de pesquisas e estudos sobre questões de energia no Brasil. Claudio Sales, boa tarde!

Claudio Sales: Olá! Boa tarde, Sardenberg.

Sardenberg: Bom, a informação que temos e que está nos jornais, é que a presidente Dilma Russeff está encaminhando estudos para reduzir a conta de energia para grandes consumidores, começando pela eliminação do PIS/COFINS. Isso faz sentido, funciona, é expressivo, qual é a sua avaliação?
   
Claudio Sales: Olha, a iniciativa é mais que bem vinda, até porque eu acho que seria comemorada como um marco histórico, porque há décadas tributos e encargos na conta de luz só têm subido, a ponto de representarem hoje 45% da conta que a gente paga. Acho que esse é o fato mais relevante. Até vou lhe dizer uma frase, Sardenberg: "Eu estou assumindo um compromisso de redução da carga tributária, inclusive no sentido de zerar tanto o PIS/COFINS de energia, como o de transporte e de saneamento". Sabe quem disse isso? A candidata Dilma Rousseff em dezembro de... aliás, em outubro de 2010.

Sardenberg: 2010... Está certo. A informação agora é que vai cair... Pelo menos a informação que está na reportagem do jornal Valor Econômico de hoje, do repórter  João Vila Verde de Brasília, diz o seguinte: "que cai... que a alíquota do PIS/COFINS seria praticamente zerada e seriam extintos encargos como Reserva Global de Reversão e Conta de Consumo de Combustível". O que é isso, Claudio?

Claudio Sales: Eu posso explicar. Vamos começar pelos encargos. Quando a gente paga a conta de luz, é importante entender que de R$100 que pagamos, só R$24 vão para a empresa de distribuição, R$25 vão para a geração (nas usinas, para a energia vendida nos leilões organizados pelo governo), e R$6 vão para a transmissão. Os outros R$45 são de tributos e encargos, e desses 45%, cerca de 20% são de encargos que são colocados na conta por leis diversas. A RGR é o mais antigo de todos. E na verdade já deveria ter acabado, porque a lei estabelecia que, em dezembro de 2010, deveria ter sido interrompida sua cobrança. Com essa RGR é constituído um fundo que já é hoje da ordem de R$17 bilhões, dos quais só metade o governo vem aplicando, e até "mal aplicando". Eu posso falar sobre isso. A outra metade fica para o famoso superavit primário, que não tem nada a ver com energia elétrica. Então, interromper a cobrança da RGR, que o governo prorrogou por medida provisória, é coerente com a decisão, com a manifestação da presidente, enquanto candidata, e faz todo sentido. Mais um ponto: a RGR na verdade é cobrada sobre um percentual do investimento feito no setor elétrico. Ou seja: ele atrapalha o investimento no setor elétrico.

Sardenberg: Tá... Esse RGR que você fala é a Reserva Global de Reversão, que era para acabar em dezembro de 2010, o governo prorrogou, e agora está dizendo que vai tirar.

Claudio Sales: Exatamente. É bem vinda essa iniciativa. E [você] sabe o quanto isso representa na conta de luz? Só isso, na conta de luz global, cerca de 1,3%. Isso é bastante expressivo.

Sardenberg: Agora outra coisa: aqui também fala que vai cair a Conta de Consumo de Combustível. O que é isso, a CCC?

Claudio Sales: CCC, Conta de Consumo de Combustível, é um encargo que foi criado lá atrás para subsidiar o combustível utilizado naquelas termelétricas, no chamado Sistema Isolado (lugares que não estão cobertos, interligados pela rede de transmissão), que precisariam de termelétricas, geralmente na região amazônica. Então, os consumidores de energia do Brasil inteiro pagavam essa CCC na sua conta de luz, para com isso se comprar o combustível para poder acionar essas térmicas para o consumidor da região amazônica. Ora... o que aconteceu de lá pra cá? Na medida em que o próprio consumidor foi pagando a expansão das linhas de transmissão e essas regiões foram sendo cobertas por linhas de transmissão, era de se esperar que a CCC fosse caindo porque a sua razão de ser deixava de existir. Só que não foi bem o caso: três anos atrás, o governo promoveu uma mudança nas regras, que praticamente dobrou o custo da CCC, ampliando benefícios para as regiões, para os estados daquela região. Vou lhe dar os números: a CCC em 2010 foi de R$ 3,2 bilhões, quando na verdade ela poderia ter sido a metade disso. Em 2011 foram R$ 5,6 bilhões. E agora (principalmente, porque vão interligar a região de Manaus), aí sim ela vai ter que acabar de vez e eu acho que é isso que está se anunciando. Quanto é que isso representa na conta de luz? A CCC hoje está entre 3 e 4% da conta de luz. Também é super expressivo.

Sardenberg: Tá... e finalmente... o PIS/COFINS.

Claudio Sales: Pois é: o PIS/COFINS. Eu quero me valer daquela declaração da presidente enquanto candidata: tem todo o sentido reduzir o PIS/COFINS. Ela até falou em acabar com o PIS/COFINS. Eu achava que nem precisava acabar... Mas há uma ressalva importante, porque se está falando em fazer reduções do PIS/COFINS apenas para a indústria, e sobre isso eu chamo a atenção, por duas razões. Em primeiro lugar, você mesmo na CBN tem coberto muito a distorção que é o aumento da arrecadação tributária no Brasil muito além do [crescimento do] PIB. Quer dizer: no último ano a arrecadação tributária aumentou 17% para um PIB que cresceu 4%. [Isso] mostra que o governo está avançando sobre a capacidade de pagar impostos da sociedade, [o que] não faz sentido nenhum. [Em segundo lugar], faz todo sentido aproveitar essa situação, esse aumento vertiginoso, descomunal, e despropositado da arrecadação, para fazer reduções de alíquotas em setores que são muito regressivos, como o setor de energia: esse imposto na conta de luz penaliza a sociedade como um todo. Então, poder-se-ia reduzir o PIS/COFINS genericamente, e não somente para a indústria, para benefício da sociedade como um todo. Eu estou falando da "Dona Maria", que paga 45% de impostos na sua conta de luz. E estou falando também das outras atividades econômicas produtivas, não só a indústria: o comércio, a área de serviço... eu estou falando da telefonia.... estou falando da informática, da hotelaria... Por exemplo: na hotelaria, a conta de luz é um componente extremamente importante. Por que não reduzir também o imposto? O ambiente [propício para redução de impostos] está lá. [Um ambiente] fértil pra isso. Reduza-se o imposto lá também. Essa ressalva eu acho fundamental que seja feita. Se a indústria está mais bem organizada para levar seus clamores pela redução, o que é justificável, tudo bem... Que tenham eco esses clamores, mas que [a redução] não seja só para [a indústria]. Que o resto da sociedade desperte para isso e [desperte], principalmente, a "dona Maria", essa [que representa] todos nós, que estamos em casa e pagamos a conta e que muitas vezes não somos ouvidos. Eu acho que essa é a hora inclusive, de a presidente ser coerente com a manifestação que ela fez durante sua campanha, e não privilegiar somente um setor da economia.

Sardenberg: Você colocou um tema importante, Claudio Sales (Claudio Sales é presidente do Instituto Acende Brasil), que é, por exemplo, a questão do hotel. Nós estamos aqui às vésperas de Copa do Mundo, depois Olimpíadas, grandes eventos... Copa das Confederações... E um dos problemas que a gente enfrentou na RIO+20 foi  justamente preço de hotel, e no preço de hotel o custo de energia é um custo importante, não é?

Claudio Sales: Pois é... Como a energia elétrica é um bem, um serviço consumido na origem da cadeia produtiva, que todo mundo consome, [o imposto sobre a energia] é muito perverso. Uma indústria pode ter como repassar [os impostos sobre a conta de luz], mas o consumidor residencial...

Sardenberg: Aí... [O imposto] morre lá nele [no consumidor residencial], não é!?

Claudio Sales: Morre lá nele... É totalmente perverso. O Brasil ainda é um país de nível de renda muito baixo, e isso penaliza demais a sociedade. Eu acho que essa é a hora. Dificilmente em nossa historia nós vamos achar uma circunstância em que a arrecadação cresce 17% para uma economia que só cresce 4%. Essa é a hora de fazer os gestos importantes, e o desafio é achar em quais outros setores você teria um solo tão fértil para fazer essas economias de tributação, além do setor elétrico. Acho que a oportunidade é grande, mas que seja para todos.

Sardenberg: É, mas a impressão que se tem é que se vai começar pelo setor elétrico. Bom... É um avanço limitado mas...

Claudio Sales: Mas é importante... O setor elétrico é importante.

Sardenberg: [O setor elétrico] paga uma nota enorme, não é!?

Claudio Sales: E eu chamo a atenção para que, dentro do setor elétrico, [a redução de impostos] seja na conta de luz de todo mundo, e não apenas na conta de luz da indústria.

Sardenberg: Claudio Sales, muito obrigado pela sua entrevista aqui na CBN.

Claudio Sales: Eu é que agradeço mais uma vez.

Sardenberg: Até mais, Claudio Sales, do Instituto Acende Brasil.
***
Sardenberg: Eu vou repetir aquele dado que ele citou: na conta de luz de R$100 que você paga, R$24 [vão] para a distribuidora de energia, R$25 para a geradora (para as usinas), R$6 para a transmissora (a transmissão de energia que leva a energia até a sua casa). O resto, R$45, é [para] tributos e encargos.


terça-feira, 3 de julho de 2012

Uma salada pra lá de indigesta!


Maluf com Lula em São Paulo; Cesar Maia com Garotinho no Rio...

Isso tem nome: desespero; e também tem sobrenome: ilusão. Esta é a hora e a vez
dos paulistanos e cariocas darem uma resposta bem dada a esses que por décadas
protagonizaram e colecionaram mazelas e desmandos, escondidos atrás de um discurso
hipócrita.

Será que o Cesar Maia e o Garotinho, depois de tudo o que fizeram (de mal) ao Rio
ainda têm a ilusão de que irão conseguir alguma coisa com o eleitor carioca? Que moral
têm os seus filhos para governarem a nossa cidade, tendo os pais que têm? Que exemplo
positivo teriam eles recebido de seus pais para agora merecerem um voto de confiança
da nossa parte?

Se por um lado o Cesar Maia se especializou em desmandos e descasos com o dinheiro
público, priorizando obras faraônicas e sem propósitos, como uma afronta à situação
calamitosa por que passava a educação e a saúde, o Garotinho anda mergulhado em
corrupção até o último fio de cabelo. Isso aqui não é uma denúncia, é apenas um
comentário de domínio público.

Assim como fizeram o baianos com a hegemonia carlista, agora é a nossa vez de
dizer “basta” a esses coronéis e seus herdeiros. Agora é a nossa oportunidade de
responder no voto (ou melhor, com a falta dele) a tudo o que temos sofrido até pouco
tempo atrás. O povo carioca não é ingênuo o suficiente para engolir mais essa. Chega!

Ainda que os herdeiros viessem de outra escola, e não tivessem convivido com toda
a mazela legada por seus pais, não teriam (como de fato não têm) capital político
nem experiência administrativa para governar uma cidade como o Rio de Janeiro,
que definitivamente caminha para o seu ápice, principalmente agora com a sua
escolha como patrimônio mundial da humanidade, título outorgado pela Unesco, sem
contar, é claro, os grandes eventos mundiais que a nossa cidade sediará nos próximos
anos. Então, agora é a nossa vez de selar definitivamente o fim da era Cesar Maia e
Garotinho.

No caso dos paulistanos, semelhante atitude em relação a Maluf e Lula é o que todo o
Brasil espera. Que o Maluf é um corrupto de mão cheia todo o Planeta sabe; que o Lula
é um especialista em acobertar corruptos toda a Terra sabe também. Então, o que se
pode esperar de uma aliança dessas? O paulistano não vai dar esse mole, é o que todos
esperamos! Tudo tem limite, e o nosso limite de tolerância à corrupção, aos desmandos
e ao desrespeito ao povo e ao dinheiro público estourou. Chega!

Francisco Alves de Oliveira

domingo, 1 de julho de 2012

Problemas Brasileiros


Apontar os grandes problemas brasileiros é fácil. Convencer os políticos a tomarem posições impopulares para resolver os problemas é quase impossível. Minha única esperança é o quase.
Todos sabemos que o grande problema econômico brasileiro é o absurdo custo Brasil: corrupção,  burocracia, altos impostos, infraestrutura deficiente e educação.

1. Corrupção e burocracia:
Este tema deve ser tratado junto. A burocracia é a mãe da corrupção. Criar dificuldadse para vender facilidades é o lema do corrupto. Houve um tempo em que se tento reduzir a burocracia no Brasil. Que saudade do Hélio Beltrão! Mas o monstro é um polvo que você corta uma perna e muitas outras nascem.
Nossa justiça lenta e burocrática também é uma grande aliada do corrupto. Será que a turma do mensalão vai para a cadeia?
Uma reforma para valer, simplificando os impostos (não estou nem falando, ainda, de redução) ajudaria muito.

2. Infra-estrutura:
Este item somente poderá ser solucionado se o governo aceitar que tem que privatizar . Como privatização é palavrão para o PT, vamos falar de concessões. O parto para conceder aa operação de somente três aeroportos foi difícil, mas muito mais deve ser feito. A indústria brasileira está acabando, sendo destruída pelo Custo Brasil, entre os quais se incluem a deficiencia da nossa infraestrutura. Nossa estradas privatizadas, ainda que caras, funcionam sem buracos.

3. Impostos:
Todos sabemos que os impostos no Brasil são muito maiores que nos países que concorrem conosco. Temos que fazer uma reforma tribut;aria. O problema é que o governo federal vai estar em oposicão aos Estados e Municípios, que sempre querem aumentar sua fatia. Quem sabe poderíamos reduzir os impostos usando os royalties do pre-sal?

4. Educação:
Em 1978 fui convidado pelo Banco Mundial e pelo Governo da Coreia do Sul para conhecer a economia do País. A Coréia era, até 1945, uma possessão japonesa. Os coreanos eram proibidos de aprender a ler, e o país tinha somente 10% de pessoas que sabiam ler, pois aprendiam em casa. Terminada a guerra, a Coreia se tornou independente, mas foi assolada pela guerra de separação Norte-Sul, que só terminou em 1953. A Coreia do Sul recebeu então uma pequena ajuda econômica dos USA, e estes recursos foram totalmente investidos em educação. A Coreia, que era tão pobre como o Piauí, tornou-se a potencia que hoje é. Preciso falar mais sobre educação?

Como disse, apontar as soluções é fácil; executá-las, difícil. Se um anjo descesse hoje e me oferecesse um único pedido para salvar o Brasil, sabe o que escolheria? Educação? Isso é muito importante, mas acho que precisamos pedir primeiro uma justiça eficiente e honesta. Quando alguns políticos estiverem na cadeia, este país vai melhorar.

Roberto Lima Netto
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Dispensa de pessoal


Do lado empresarial:
A dispensa oportunista, inopinada e brusca de nosso Pessoal, sem a preparação adequada e devida para iniciá-los numa 2ª Carreira, num segundo trabalho, não é somente mesquinha, egoísta e,  por vezes, até   inescrupulosa . Mais  que uma crueldade, ela é, antes de tudo,  retrógrada e até ignorante, perdendo-se a oportunidade de assumirmos o papel de agentes de  mudança ...E, ainda, tais gestores anacrônicos ou de má fé apõem em seus balanços  Responsabilidade Social e se candidatam a prêmios de Sustentabilidade. Falem sério!
Já os governos...

Luiz Affonso Romano
www.jacobseneromano.com

Na minha opinião, a preocupação do Romano é extremamente válida. Porém, devemos ter cuidado para que o governo não passe mais esta responsabilidade para as empresas privadas, já oneradas por um absurdo Custo Brasil. Este treinamento pode e deve ser realizado, sim, seja plo governo (que é incompetente) ou pelas Federações (Indústrias, Comércio, etc)
Vale lembrar que a Petrobrás e a Firjan recentemente ofereceram treinamento para adequar trabalhadores para o Comperj. Apresar dos alunos serem remunerados, as vagas nunca eram completamente preenchidas.

Roberto Lima Netto

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